Orientações para a comemoração do dia dos Fiéis Defuntos: Carta Circular: 011/2021
DIOCESE DE GUARABIRA
Cúria Diocesana
Carta circular: 011/2021
Guarabira – PB, 27 de outubro de 2021
"Dai-lhes, Senhor, o Descanso eterno e a luz eterna os ilumine"
Reverendíssimos Presbíteros e Diáconos,
queridos religiosos e religiosas,
estimados fiéis desta Diocese,
Todos os que morrem na graça de Deus e entram na Bem-aventurança não rompem suas relações com os irmãos que sobrevivem, assim, vivos e mortos, santificados pelo mesmo Espírito, formam a Igreja, Corpo Místico de Cristo.
No mês de novembro, a Igreja militante, peregrina sobre a terra, celebra a Igreja triunfante, com a solenidade de Todos os Santos, assim como se junta em oração pela Igreja padecente, formada por todos os fiéis defuntos que partiram desta vida na amizade com Deus.
A estas almas, imersas na chama purificadora à espera da plena bem-aventurança celeste, a Igreja dedica neste dia uma recordação particular, para soldar com a caridade do sufrágio aqueles vínculos de amor que ligam vivos e mortos na mística união com Cristo.
“Vita mutatur, non tollitur” diz a liturgia das exéquias: “A vida é transformada, não tirada”. Essa é a certeza da fé cristã: a morte é páscoa, passagem para uma outra vida. A morte é dura, fria e vazia, mas Cristo nos deu a mensagem de esperança. “Nela brilhou para nós a esperança da feliz ressurreição. E, aos que a certeza da morte entristece, a promessa da imortalidade consola. Para os que creem em Cristo a vida não é tirada, mas transformada. E, desfeito o nosso corpo mortal, nos é dado, nos céus, um corpo imperecível” (MR, prefácio f. defuntos I).
A tradição cristã é, de nesse dia, dedicado aos fiéis defuntos, visitarmos os cemitérios. Lá não encontramos os que partiram, apenas lembranças com saudades do passado das pessoas que amamos. Lembramos as histórias, as lutas, as alegrias e tristezas. Mantemos e guardamos a saudade, que nos faz tanto bem. Somos convidados a não guardar sentimentos de tristeza, pois, ela traz dor e sofrimento. Além de rezarmos por nossos entes queridos, é um momento propício e oportuno para avaliarmos a nossa própria vida. Estarmos atentos, vigilantes e em oração, pois não sabemos o dia, nem a hora em que o Senhor virá.
Para a Comemoração dos Fiéis defuntos neste ano de 2021, ainda dentro da pandemia da Covid-19, convidamos a todos os fiéis a se unirem em oração por todos os que partiram durante este tempo.
Para a visita aos cemitérios, pedimos que sejam seguidas as orientações das autoridades competentes.
Para a celebração das Missas, onde for possível, celebre-se nos cemitérios, respeitando todos os protocolos sanitários de segurança. Onde não for possível, celebre-se na Igreja Matriz e nas comunidades onde há cemitério. Nesse último caso, pedimos que os sacerdotes uma vez não celebrando no cemitério, destine algum horário para visitá-lo e fazer um momento de oração.
Nesse dia, a Igreja especialmente autoriza cada sacerdote a celebrar três Missas especiais pelos fiéis defuntos.
Ainda lembramos, segundo a Indulgentiarum Doctrina (Norma 15), um católico pode ganhar indulgência plenária por um defunto “em todas as igrejas, oratórios públicos ou semi-públicos – para os que legitimamente usam desses últimos”. É necessário seguir as condições: 1) Confessar-se bem, rejeitando todo pecado; 2) Participar da Santa Missa e comungar com esta intenção; 3) Rezar pelo Papa ao menos um Pai Nosso, Ave Maria e Glória ao Pai e; 4) Visitar o cemitério e rezar pelo falecido.
Não nascemos para morrer, mas morremos para nascer… para a vida eterna, na plena comunhão com Deus e com os irmãos e irmãs.
Que o Senhor Jesus, nos confirme na caridade e na esperança e que, sua Mãe, a Virgem Maria, nos guarde no seu amor.
São José, rogai por nós!
A todos minha bênção.
Dom Aldemiro Sena dos Santos
Bispo Diocesano de Guarabira